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quinta-feira, janeiro 15, 2009

A CIDADE DE PELOTAS-RS DÁ UM BANHO DE SOLIDARIEDADE

Em Pelotas, em defesa do povo palestino. Foram realizadas duas manifestações, uma no centro da cidade e outra na Câmara Municipal de Pelotas. Os filhos de pelotas estão de parabéns pelo grande exemplo.




sexta-feira, janeiro 09, 2009

'Alguém que ame a verdade', (ARRANGED) filme sobre a amizade de uma judia ortodoxa e uma mulçumana.




O filme é centrado na amizade entre uma judia ortodoxa e uma mulher muçulmana. Elas se conhecem quando começam a dar aula juntas numa escola pública em Nova York. Durante o ano quando lecionam juntas, descobrem que têm mais semelhanças do que diferenças, especialmente porque ambas estão lidando com casamentos arranjados.

Estrelando: Zoe Lister Jones, Francis Benhamou, John Rothman, Mimi Lieber,
Laith Nakli, Doris Belack, Marcia Jean Kurtz, Trevor Braun.
Dirigido por: Diane Crespo, Stefan C. Schaefer

quinta-feira, janeiro 08, 2009

OBAMA X ZEBRA

Nas minhas leituras diárias, nos meus humildes conhecimentos sobre a história contemporânea mundial, nos meus sites preferidos sobre este assunto, em fim, em lugar algum cogita-se a possibilidade de Obama NÃO apoiar Israel em seu genocídio palestino.
A cada dia a opinião mundial se mobiliza em prol da Palestina, é claro, devido ao massacre covarde de inocententes que, dia após dia revolta qualquer ser pensante.
Imagine se o novo presidente norte americano disser em seu discurso de posse: “Os Israelenses são responsáveis por seu atos, e devem arcar com as conseqüências dos mesmos”. Ou, “O governo norte americano não pode mais gastar com guerras.” Ou qualquer discurso para justificar o oportunismo de ter a seu favor a opinião mundial, que obviamente é muito maior do que os judeus pelo mundo afora.
Quem aposta? O dia da posse está chegando.

Será que vai dar ZEBRA?





Crunchless Abs Satisfaction
Crunchless Abs



Divulgue o seu blog!

OS SHMINISTIM - JOVENS ISRAELENSES ESCLARECIDOS E INJUSTIÇADOS (presos)

Os Shministim são jovens estudantes israelenses, todos com idade entre 16 e 19 anos, no final do segundo grau. Eles recusam o alistamento no exército de Israel por objeção de consciência. Estão presos por isso. Esses estudantes defendem um futuro de paz para israelenses e palestinos e negam-se a pegar em armas. Além da prisão, enfrentam uma enorme pressão da família, de amigos e do governo de Israel. No dia 18 de dezembro foi iniciada uma campanha mundial pela libertação desses jovens.



Traduzido da declaração de Tamar Katz, no site dos Shministim:

"Eu me recuso a alistar-me nas forças militares de Israel por objeção de consciência. Não estou disposta a me tornar parte de um exército de ocupação que é invasor de terras estrangeiras há décadas, que perpetua um regime racista de roubo nessas terras, tiraniza civis e torna a vida difícil para milhões sob um falso pretexto de segurança."



Crunchless Abs Satisfaction
Crunchless Abs



Numa época em que o filistinismo, bem ou mal pago, invariavelmente tira do bolso a acusação de anti-semitismo ou, na melhor das hipóteses, a de desconsideração pela "existência de Israel" contra os que criticamos a ocupação ilegal por sua catástrofe humanitária e seus crimes de guerra, esses valentes garotos judeus são uma inspiração ética, um norte moral. Comprometidos com a existência de seu país dentro das fronteiras internacional, legalmente reconhecidas, eles se recusam a servir uma brutal ocupação militar que já dura mais de quatro décadas. Encaram o cárcere e, pior, muitas vezes o opróbrio dentro de seu próprio país. Mas sabem do que falam. Sabem que a ocupação militar e a escravização dos palestinos não tem nada a ver com a “segurança” de Israel.

Você pode mandar uma mensagem de apoio e pedido de libertação para esses bravos garotos lá no site dos Shministim.

A RESPOSTA:

Dear Anthonio,

Thank you for taking the time to send a letter to Israel's Minister of Defense, Ehud Barak, about the Shministim. The Shministim are confident that tens of thousands of letters demanding their release will make a real difference.

We've generated 22,000 letters so far. The day of the action in Tel Aviv has happened, and it was featured on all three major news sites in Israel while generating news around the world. It's impossible to convey the full scope of the impact this campaign has had in just a few weeks.

Far from being the end, December 18th marks the beginning. As long as there are Shministim in jail, we will need your letters of protest.


TRADUÇÃO:

Caro Anthonio,

Obrigado por ter enviado a tempo uma carta ao ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, sobre o Shministim. O Shministim estão confiantes de que dezenas de milhares de cartas exigindo a sua libertação farão uma diferença real.

Foram geradas 22.000 cartas até agora. O dia da ação em Tel Aviv que aconteceu, e foi destaque em todos os três principais sites em Israel, enquanto a notícia era gerada em todo o mundo. É impossível transmitir todo o âmbito de impacto que esta campanha tem tido, em poucas semanas.

Longe de ser o fim, 18 dezembro marca o início. Enquanto existirem Shministim na prisão, vamos ter suas cartas de protesto.


ISRAELENSES SALVOS DA GENERALIZAÇÃO PELOS SHMINISTIM

Heróis, honestos, dignos, lúcidos, inteligentes e todas as designações do mundo para pessoas de bom caráter e que respeitam o próximo. Estes são os SHMISNISTIM. Convivi com "alguns" judeus e vi de perto: segregação, racismo, intolerância, preconceito e desonestidade. Eles tanto ressaltam o HOLOCAUSTO através dos anos, acho válido, mas não pregam a essência da grandeza de superação. Como podem querer nos sensibilizar com o que passaram, se ao longo de 60 anos do Estado de Israel, eles têm um governo que está matando palestinos como os nazistas?
Procuram fazer negócios entre si, casam entre si, discriminam quem não é judeu, são oportunistas em relação à nacionalidade, têm a religião e os templos fechados aos não judeus, têm cemitérios separados, calendário, etc.
Escrevi baseado no que vi, vivi e tive a infelicidade de conviver com "alguns" judeus, pois, ninguém gostaria de ser roubado como fui, ser rotulado em meu país como fui, ser vítima de preconceito por não ser judeu como fui.
Infelizmente as ações Israelenses que envergonham a humanidade, são apoiadas por uma gigantesca maioria, mas felizmente há uma minoria honesta e respeitosa a favor da paz. Estes raros são preciosos para que não hajam generalizações sobre judeus e israelenses. Estes raros ainda motivam a humanidade a refletir e não generalizar, caso contrário, haveria um novo holocausto.
Viva os SHMINISTIM!!!

"Semeie paz e colherá paz."

Acredito que não vá demorar a aparecer alguém me chamando de antissemita. Antecipadamente eu já respondo que, só me consideraria um antissemita, pelos mesmos motivos que me considero um anti-nazista.

HOLOCAUSTO DE PESSOAS (PALESTINAS)

"GENERALIZAR É UM ATO DE BURRICE"

Generalizar é burrice sim, pois, é a origem de todo tipo de preconceito, mas apontar e esclarecer se faz necessário em todas as situações de covardia.
Qualquer ser pensante deste planeta tem a obrigação de se posicionar em relação aos "ASSASSINATOS" cometidos pelo governo Israelense e sua força armada.
Hoje, os maiores comerciantes, banqueiros, donos de jornais e até cineastas, são judeus. Nos últimos 50 anos fomos bombardeados com histórias contadas por judeus, matérias na imprensa de todo o ocidente sobre o holocausto, e, não esquecendo dos diversos filmes com forte apelo emocional.
O poderes da informação, da notícia e principalmente da formação de opinião estão do lado do DINHEIRO.
Dá pra entender?

Conflitos com Israel têm origem na opressão contra palestinos, diz pesquisadora

O surgimento de grupos extremistas como o Hizbollah e a maioria dos confrontos das últimas décadas entre árabes e israelenses têm origem no início do século passado, quando começou a opressão contra os palestinos, explicou a doutora em História, professora universitária e integrante do Instituto de Cultura Árabe, Arlene Clemesha.

"O Estado de Israel foi criado para reparar os judeus, mas os palestinos, que não tiveram nada a ver com o massacre [o Holocausto], acabaram se tornando as vítimas das vítimas do Holocausto”, disse ela, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional. Abaixo, os principais trechos da entrevista.

Agência Brasil – Uma pesquisa sobre o que as pessoas entendem a respeito do conflito na Palestina revelou que muita gente acredita que são dois países independentes, Palestina e Israel, que disputam uma região de fronteira.

Arlene Clemesha – Não há dois países, existe Israel e existe uma população palestina em territórios ocupados por Israel. A forma como a mídia apresenta o problema traz muita confusão. A própria não-utilização do termo "ocupação militar" faz com que as pessoas não saibam que existe uma ocupação militar em Gaza e na Cisjordânia. Em vez de "ocupação militar" e "resistência palestina", fala-se em "conflito", como se houvesse dois lados iguais, dois países disputando um território. Não é bem o caso. Essa resistência palestina também é tratada como terrorismo, sendo que é a resistência de uma população com alguns grupos extremistas, como existem grupos extremistas dentro de Israel. Uma resistência legítima, contra uma ocupação militar que dura quatro décadas. O estado palestino nunca foi criado. Não existe esse estado palestino.

ABr – Mas existe um estado israelense. Quando ele foi criado?

Arlene Clemesha – Em 1947 a ONU [Organização das Nações Unidas] demarcou o território onde deveria ser criado o estado palestino, que seria aproximadamente a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. Naquele ano foi dividido o território da palestina entre judeus, que estavam chegando na região desde o início do século 20, e a população palestina, que vivia ali há centenas de anos. Nessa partilha, o estado de Israel ficou com aproximadamente 55% da terra da Palestina. O estado da Palestina, que não foi criado, ficaria com 45% do território.

ABr – Essa divisão gerou um conflito?

Arlene Clemesha – Em 1948, houve uma guerra. Mas um ano antes já havia uma guerra de milícia, as milícias judaicas, que depois deram origem ao exército israelense. Em 1946 já ocorriam atentados a bomba praticados por israelenses, que geraram uma situação de terror dentro da Palestina. A historiografia registra 25 massacres nesse período contra a população palestina. Essa situação de medo levou a uma população de 750 mil de refugiados palestinos. Fugiram da região onde foi criado o estado de Israel para o Líbano, Síria, Jordânia, Gaza e Cisjordânia. Hoje é uma população de mais de quatro milhões de refugiados em 59 campos em toda essa região. Esses campos se assemelham a grandes favelas ou cidades precárias. A população de refugiados palestinos corresponde a um terço de todos os refugiados do mundo todo.

ABr – Por que a ONU entregou à Israel terras dos palestinos?

Arlene Clemesha – Até a Primeira Guerra Mundial, havia um pequena população de judeus, cerca de 5% da população total da Palestina, vivendo em harmonia com os árabes. De vez em quando havia algum conflito, mas que não passava de um conflito tipo Palmeiras e São Paulo aqui no Brasil. Depois da Primeira Guerra, a Palestina, que era parte do Império Otomano, passou a ser dominada pela Grã-Bretanha, por um mandato outorgado à Inglaterra pela Liga das Nações, antecessora da ONU. A Palestina fazia parte do Império Otomano, que foi derrotado e, fragmentado, deixou de existir. Suas áreas passaram a possessões de outros países. No caso da Palestina, a Inglaterra passou a dominar a região até 1947. Durante esse período, a Inglaterra permitiu e favoreceu a imigração de judeus. A população judaica passou de 5% no início do século 20 a quase 40% da população total em 1946. Durante essa imigração começaram os choques entre os dois povos, mas sem grandes proporções. A partir de 1947 é que se cria o problema dos refugiados, a expulsão maciça de 750 mil palestinos. Depois de 1947, durante 20 anos, Gaza ficou sob administração do Egito, e a Cisjordânia ficou sob administração da Jordânia.

ABr – Então os palestinos conseguiram um território, Gaza e Cisjordânia?

Arlene Clemesha – Em 1967, uma nova guerra levou à ocupação, por parte dos israelenses, de Gaza, Cisjordânia e das Colinas de Golan, na Síria, territórios que estão ocupados por Israel até hoje . É a maior ocupação da história atual. O povo palestino acabou pagando por um crime cometido por países europeus, com a cumplicidade desses países.

ABr – Por que Israel não concorda com a divisão da ONU?

Arlene Clemesha – O estado de Israel foi criado para reparar os judeus, mas os palestinos, que não tiveram nada a ver com o massacre, acabaram se tornando as vítimas das vítimas do Holocausto. Os judeus, que até meados do século 20 se concentravam na Rússia, preferiam imigrar para os EUA, onde havia mais chances de trabalho de desenvolvimento. O Holocausto mudou tudo isso. Os judeus chegaram à conclusão de que não havia mais como fugir, o mundo passou a ser um mundo sem visto para eles. E eles acharam que o estado de Israel poderia ser a solução de seus problemas. Hoje, o estado de Israel pratica racismo contra a população palestina interna, se configura como um estado de apartheid. O problema acabou gerando mais anti-semitismo ainda, o que é lamentável, um crime histórico.

Fonte: Agência Brasil




ISRAEL VIOLA CONVENÇÂO DE GENEBRA, DIZ RELATOR DA ONU

"Os ataques israelenses ferem a Convenção de Genebra primeiramente porque punem coletivamente os palestinos residentes em Gaza, não fazendo distinção entre alvos civis e combatentes", disse nesta quarta-feira, em São Paulo, Richard Falk, relator especial das Nações Unidas para a situação dos direitos humanos nos territórios ocupados por Israel desde 1967. Segundo Falk, o bloqueio econômico mantido por Israel há 18 meses também está em desacordo com o direito internacional.

As recentes operações militares de Israel na Faixa de Gaza configuram crimes contra a humanidade. Essa é a avaliação do norte-americano Richard Falk, relator especial das Nações Unidas para a situação dos direitos humanos nos territórios ocupados por Israel desde 1967 na Palestina. Em visita ao Brasil, ele concedeu uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (7) organizada pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo.

“Os ataques israelenses ferem a 4ª Convenção de Genebra primeiramente porque punem coletivamente os palestinos residentes em Gaza, não fazendo distinção entre alvos civis e combatentes”, diz Falk. Até o momento, estima-se que mais de 700 palestinos foram mortos e três mil feridos desde o início da invasão, no dia 27 de dezembro. Cerca de 25% das vítimas palestinas são civis. Os israelenses contabilizam dez mortes, entre as quais estão quatro civis atingidos por foguetes lançados pelo grupo islâmico Hamas e seis militares caídos em combate – quatro deles vítimas de “fogo amigo”.

O relator da ONU diz que o bloqueio econômico mantido por Israel há 18 meses também está em desacordo com o direito internacional. “A Convenção de Genebra diz que o país ocupante deve prover à população da zona ocupada condições dignas de sobrevivência”, explica Falk. “No entanto, o bloqueio israelense vem impedindo a entrada de alimentos, combustíveis e medicamentos em quantidade suficiente para suprir as necessidades dos habitantes de Gaza.”

Falk lembra que Israel bloqueou totalmente as fronteiras da Faixa de Gaza e não permite sequer que os civis palestinos se refugiem em outros países. “Em todo conflito há um enorme número de refugiados. A proibição de Israel não tem precedentes nas guerras urbanas mundiais”. O relator da ONU diz ainda que o exército israelense utiliza força desproporcional ao atacar uma sociedade “sem condições de se defender”.



VOTOS SANGRENTOS

O massacre continua com esta atual invasão de Israel. Os palestinos assassinados são trunfo eleitoral, numa disputa cínica entre a direita e a extrema-direita israelenses. Seus aliados em Washington e na União Européia, perfeitamente informados de que Gaza estava para ser atacada, exatamente como no caso do Líbano em 2006, sentaram e esperaram.
Até a conclusão deste artigo, o placar da vergonha era de 783 civis palestinos assassinados, contra 10 israelenses, (8 militares e 2 civis).



OS COVARDES DE FARDA








OS "INIMIGOS" DOS COVARDES









TRÊS ESPAÇOS INDISPENSÁVEIS EM PORTUGUÊS

Se você não lê nadica de inglês ou de outras línguas e se informa só em português, não deixe de acompanhar, enquanto durar o horror sofrido pelo povo de Gaza e de toda a Palestina, três espaços que estão oferecendo textos, links, análises e informações de qualidade certamente superior aos da grande imprensa brasileira: Agência Carta Maior, Amálgama e RS Urgente.


Para cada um ler, refletir e até julgar se quiser

ISRAEL



O moderno estado de Israel está situado em um território que já foi conquistado por muitos povos: assírios, babilônios, persas, gregos, romanos, árabes muçulmanos e turcos otomanos. O país, localizado na costa oriental do Mar Mediterrâneo, é conhecido como a Terra Santa. Para os judeus, a terra é santa porque lhes foi prometida por Deus; para os cristãos, porque Jesus, sendo judeu, nasceu e viveu lá; para os muçulmanos, porque Jerusalém é o local da subida do profeta Maomé aos Céus.

Em 1948, o estado de Israel foi estabelecido e, desde então, esteve envolvido em guerras e conflitos com seus vizinhos árabes. O objetivo do presente artigo é apresentar a origem e o histórico do conflito árabe-israelense.
O laço judeu à Terra de Israel data de mais de 3.700 anos. De acordo com a Bíblia, Deus prometeu que os descendentes do patriarca Abraão herdariam a terra. O Livro Sagrado revela que o povo judeu foi escravizado no Egito, até que Deus o libertou. Após sua libertação do Egito, o povo judeu foi liderado por Moisés - o maior profeta da história judaica - e levado à Terra de Israel. No entanto, foi Josué, sob o comando de Deus, que conquistou a Terra, iniciando assim a formação do primeiro estado judeu.



A nação judaica formou a sua primeira monarquia constitucional por volta do ano 1000 A.C. O segundo rei dos judeus, Davi, estabeleceu Jerusalém como a capital do país e seu filho Salomão liderou a construção do Templo Sagrado de Jerusalém.

No ano 70 D.C., os romanos destruíram o Templo Sagrado. Tudo o que restou de pé até hoje foi sua Muralha Ocidental, conhecido por todos como Muro das Lamentações, considerado pelo judaísmo como o local mais sagrado do mundo. Sendo assim, pessoas de vários países, judeus e não-judeus, visitam o Muro em Jerusalém. Elas escrevem bilhetes com pedidos pessoais a Deus e os colocam entre suas pedras.

Além de destruir o Templo Sagrado de Jerusalém, os romanos expulsaram os judeus de sua terra, dando início à diáspora, que significa a dispersão dos judeus para outros países do mundo. Contudo, apesar de terem sido conquistados pelos romanos, muitos judeus continuaram a viver na Terra de Israel.

Por volta do século IX, comunidades judaicas foram restabelecidas em Jerusalém e Tibérias. No século XI, a população judaica crescia nas cidades de Rafah, Gaza, Ashkelon, Jaffa e Caesarea. Durante o século XII, muitos judeus que viviam na Terra Prometida foram massacrados pelas Cruzadas, mas nos séculos seguintes, a imigração para a Terra de Israel continuou. Mais comunidades religiosas judaicas estavam se fixando em Jerusalém e em outras cidades.

Um dos pontos fundamentais da fé judaica é que todo o povo será liderado de volta à Terra de Israel e que o Templo Sagrado será restabelecido. Muitos judeus acreditam que o Messias, que será enviado por Deus, irá liderar o retorno de todo o povo judeu à Terra de Israel.

Contudo, muitos judeus acreditavam que eles próprios deveriam iniciar seu retorno à sua terra histórica. A idéia de estabelecer um estado judeu moderno começou a ganhar grande popularidade no século XIX na Europa. Um jornalista austríaco chamado Theodor Herzl levou adiante a idéia do sionismo, definido como o movimento nacional de libertação do povo judeu. O sionismo afirma que o povo judeu tem direito ao seu próprio estado, soberano e independente.

No final do século XIX, o aparecimento do anti-semitismo, o preconceito e ódio contra judeus, levou ao surgimento de pogroms – massacres organizados de judeus – na Rússia e na Europa Oriental. Esta violência notória contra judeus europeus ocasionou imigrações maciças para a Terra de Israel. Em 1914, o número de imigrantes vindos da Rússia para a Terra de Israel já alcançava os 100.000. Simultaneamente, muitos judeus vindos do Iêmen, Marrocos, Iraque e Turquia imigraram para a Terra de Israel. Quando os judeus começaram, em 1882, a imigrar para seu antigo território em grande escala, viviam por lá menos de 250.000 árabes.

O povo judeu baseia suas reivindicações pela Terra de Israel em diversos fatores:

1. A Terra de Israel foi prometida por Deus aos judeus. Esta é a antiga terra dos patriarcas e profetas bíblicos. Na Bíblia, inúmeras passagens citam Israel e Jerusalém como sagrados ao povo judeu e as principais orações judaicas falam sobre o retorno do povo à sua cidade sagrada. As orações judaicas são feitas em direção a Jerusalém. Durante as festas judaicas, as orações são encerradas recitando a frase “ano que vem em Jerusalém”.

2. Desde que os judeus foram exilados pelos romanos, a Terra de Israel nunca foi estabelecida como um estado. A região foi colonizada por diversos impérios, mas nunca voltou a ser um estado soberano. Foram imigrantes judeus que desenvolveram a agricultura e construíram cidades para restabelecer um estado no seu lar histórico.

3. O estado de Israel foi criado pelas Nações Unidas em 1947. É um estado democrático, moderno e soberano.

4. Toda a Terra de Israel foi comprada pelos judeus ou conquistada por Israel em guerras de defesa, após o país ter sido atacado por seus vizinhos árabes.

5. Os árabes controlam 99.9% do território no Oriente Médio. Israel representa apenas um décimo de 1 % da região.

6. A história demonstrou que a segurança do povo judeu apenas pode ser garantida através da existência de um estado judeu forte e soberano.


PALESTINA



Acredita-se que o termo “Palestina” (Palestine) origina dos filisteus (Philistines), um povo egeu que, no século XII A .C., se estabeleceu ao longo da planície costeira do Mediterrâneo, conhecida hoje como a Faixa de Gaza. No século II, após derrotar o antigo estado de Israel, os romanos deram o nome de Palestina à terra, numa tentativa de humilhar os judeus e minimizar sua identificação com a Terra de Israel.

Em 638, a conquista árabe da Terra de Israel deu início a 1.300 anos de presença muçulmana em Israel. Porém, o país nunca foi exclusivamente árabe. Após as invasões muçulmanas do século VII, o árabe tornou-se gradualmente a língua da maioria da população da região. Apesar do controle muçulmano, nenhum estado árabe independente chegou a ser estabelecido na Terra de Israel.

A cidade de Jerusalém é considerada a terceira mais sagrada na religião islâmica (as primeiras são Meca e Medina). Acredita-se que Jerusalém seja o local onde o maior profeta islâmico, Maomé, subiu aos Céus. A mesquita al-Aqsa, onde o Domo da Rocha foi futuramente construído, marca este ponto, que é sagrado para os muçulmanos.

Enquanto os muçulmanos dominavam a região, cristãos e judeus viviam em paz, já que eram considerados os Povos do Livro. Cristãos e judeus tinham controle autônomo em suas comunidades e eram permitidos a praticar as suas religiões com liberdade e segurança. Tal tolerância religiosa demonstrada pelo povo muçulmano é rara na história do homem.

Em 1517, os turcos otomanos da Ásia Menor conquistaram a região e, com poucas interrupções, governaram Israel, então chamada de Palestina, até o inverno de 1917-18. O país foi dividido em diversos distritos, dentre eles, Jerusalém. A administração dos distritos foi cedida em grande parte aos árabes palestinos. As comunidades cristãs e judaicas, porém, receberam grande autonomia. A Palestina compartilhou a glória do Império Otomano durante o século XVI, mas foi negligenciada quando o império começou entrar em declínio no século XVII.

Em 1882, menos de 250.000 árabes viviam no local. Uma parte significante da Terra de Israel pertencia aos senhores, que viviam no Cairo, Damasco e Beirute. Por volta de 80% dos árabes palestinos eram camponeses, nômades ou beduínos.

Em 1917-18, com apoio dos árabes, os britânicos capturaram a Palestina dos turcos otomanos. Na época, os árabes palestinos não se imaginavam tendo uma identidade separada. Eles se consideravam parte de uma Síria árabe. O nacionalismo árabe palestino é, em grande parte, um fenômeno do pós Primeira Guerra Mundial.

Em 1921, o Secretário Colonial Winston Churchill separou quase quatro-quintos da Palestina – aproximadamente 35.000 milhas quadradas - para criar um emirado árabe, a Transjordânia, conhecida hoje como Jordânia. Este país, que é uma monarquia árabe, é em sua maioria composto por palestinos que hoje representam aproximadamente 70% da população.

Em 1939, os britânicos anunciaram o White Paper (Carta Branca), um documento relatando que um estado árabe independente e não dividido seria estabelecido na Terra de Israel (chamada de Palestina) dentro de 10 anos. O nacionalismo árabe cresceu com a promessa de um estado forte. Mas, como discutiremos futuramente, os britânicos não foram capazes de manter sua promessa aos árabes. Em vez disso, em 1947, as Nações Unidas decidiram dividir a Terra de Israel em dois estados: um judeu e outro árabe. Em 1948, foi estabelecido o estado de Israel. Quando seus vizinhos árabes atacaram o novo estado judeu, teve início a primeira guerra árabe-israelense. Durante o estabelecimento do estado de Israel e durante a primeira guerra entre árabes e israelenses, mais da metade dos árabes que viviam na Terra de Israel fugiram, dando início ao problema ainda hoje vigente de refugiados palestinos.



O povo palestino baseia suas reivindicações pela Terra de Israel em diversos fatores:

1. Os árabes muçulmanos viveram no local por muitos anos.

2. O povo palestino tem o direito à independência nacional e à soberania sobre a terra onde viveram.

3. Jerusalém é a terceira cidade sagrada na religião muçulmana, local de elevação do profeta Maomé aos Céus.

4. O Oriente Médio é dominado por árabes. Outras religiões ou nacionalidades não pertencem à região.

5. Todos os territórios árabes que foram colonizados tornaram-se estados completamente independentes, exceto a Palestina.

6. Os palestinos tornaram-se refugiados. Outros países árabes nunca os aceitaram completamente e eles vivem freqüentemente em campos para refugiados tomados pela pobreza.



A ORIGEM DOS CONFLITOS

O conflito entre árabes e judeus tem origem histórica. No Corão, livro sagrado dos muçulmanos, os israelenses são definidos como elementos minoritários e como um povo no qual não se deve confiar e que precisa ser mantido sob domínio.

A disputa pela Palestina entre os dois povos tem suas raízes na Antigüidade. A presença judaica na Palestina remonta ao segundo milênio antes de Cristo. Em 635, durante a expansão islâmica, a região da Palestina foi ocupada pelos árabes.

No início da Idade Média, a Palestina pertencia ao Império Romano e era habitada, em sua maioria, por cristãos. Somente no século VII que a região foi conquistada pelos muçulmanos e, durante os séculos seguintes, o controle da Palestina oscilou entre diferentes grupos até a incorporação da região pelo Império Otomano. Este último começou a se formar no século XII e chegou a ocupar terras na Síria, Egito, Argélia, Bulgária, Sérvia, partes da Grécia, da Hungria, do Irã e da Arábia, além da Turquia.

No século XIX, a maioria dos judeus concentrava-se no Leste Europeu e dedicava-se ao comércio e ao empréstimo de dinheiro a juros. Com o desenvolvimento das burguesias nacionais e da Revolução Industrial, no entanto, os judeus foram responsabilizados pelo desemprego em massa e pela concorrência com as classes dominantes. A partir daí, foram confinados a guetos, sofreram várias perseguições e massacres. O resultado disso foi a emigração para a Europa Ocidental.

Esta situação levou o jornalista judeu Theodor Herzl, em 1896, a criar o movimento sionista, cujo objetivo era estabelecer um lar judeu na Palestina. Este povo começou a colonizar o país e, em 1897, fundou a Organização Sionista Mundial.

Depois da 1ª Guerra Mundial, os países europeus, de olho no petróleo e na posição estratégica da região, passaram a dominar a área. Em 1918, a Inglaterra ficou responsável pela Palestina. Um ano antes, o ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Lord Balfour, apoiou a fundação de uma pátria nacional judaica na Palestina. Isto aconteceu ao mesmo tempo em que os ingleses haviam prometido aos árabes a independência em troca de apoio para ajudar a expulsar os turcos da região.

Acreditando nas promessas de Balfour, milhares de judeus foram para a Palestina, compraram terras e se estabeleceram em núcleos cada vez maiores. Neste período, começaram os choques entre judeus e árabes, que assistiam os judeus conquistarem boa parte das terras boas para o cultivo.

Os judeus criaram um exército clandestino (Haganah) para proteger suas terras e, à medida que crescia a emigração judaica para a Palestina, aumentavam os conflitos. Durante a 2ª Guerra Mundial - em função da perseguição alemã -, a emigração judaica para a região aumentou vertiginosamente e a tensão chegou a níveis insuportáveis: os britânicos, na época, tomaram partido dos Aliados e os árabes, do Eixo.

Em 1936, quando os judeus já constituíam 34% da população na Palestina, estourou a primeira revolta árabe. Bases e instalações inglesas foram atacadas e judeus foram assassinados. A Inglaterra esmagou a rebelião e armou 14 mil colonos judeus para que pudessem defender suas colônias.

Pouco tempo depois, a Grã-Bretanha tentou controlar a emigração judaica para a área e, desta vez, os judeus atacaram os ingleses. Em 1946, o quartel-general dos britânicos foi dinamitado e 91 pessoas morreram.

Apesar destes ataques, os judeus conseguiram apoio internacional devido ao Holocausto, que exterminou mais de 6 milhões de judeus. Desde então, os Estados Unidos passaram a pressionar a Inglaterra para liberar a imigração judaica para a Palestina.

Em 1948, os ingleses deixaram a administração da região para a Organização das Nações Unidas que, sob o comando do presidente norte-americano Harry Truman, determinou a divisão da Palestina em duas metades. Os palestinos, que somavam 1.300.00 habitantes, ficaram com 11.500 km2 e os judeus, que eram 700.000, ficaram com um território maior (14.500 km2), apesar de serem em número menor.

Os judeus transformaram suas terras áridas em produtivas, já que era uma sociedade moderna e ligada ao Ocidente, aumentando ainda mais as diferenças econômicas entre judeus e árabes, que sempre tiveram uma filosofia fundamentalista e totalmente contrária ao Ocidente.

Neste mesmo ano, o líder sionista David Bem Gurion proclamou a criação do Estado de Israel. Os palestinos reagiram atacando Jerusalém que, segundo a ONU, deveria ser uma área livre.

Desde então, o Oriente Médio se tornou palco de conflitos entre israelenses e palestinos. O motivo da guerra está muito além das diferenças religiosas, passa pelo controle de fronteiras, de terras e pelo domínio de regiões petrolíferas.

A PRIMEIRA GUERRA ÁRABE-ISRAELENSE

A primeira guerra entre árabes e israelenses foi causada pela independência de Israel e começou em maio de 1948, terminando em janeiro de 1949. De um lado estava Israel; de outro, Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Síria, membros da Liga Árabe.

A recusa árabe à partilha da Palestina, imposta pela ONU, gerou a declaração de guerra à Israel em 15 de maio de 1948, um dia depois da fundação do Estado judeu.

Os israelenses, que contavam com o apoio dos Estados Unidos, derrotaram seus oponentes, ocuparam a Galiléia e o deserto de Neguev. Com as conquistas, o território israelense passou de 14.500 km2 para 20.900 km2. Jerusalém, que tinha 105 mil árabes e 100 mil judeus, foi dividida entre Jordânia e Israel, que incorporou os territórios a oeste do rio Jordão, a Cisjordânia. A Faixa de Gaza, com 40 quilômetros de comprimento e 8 quilômetros de largura, ficou com o Egito.

Esta primeira guerra criou um dos mais complicados problemas para a paz na região: um imenso número de palestinos refugiados. Já na época eles eram mais de 300 mil. Os palestinos - árabes que viviam na região antes da criação do Estado de Israel -, ficaram sem uma nação. Muitos fugiram para o Líbano, para Gaza ou para a Jordânia.

O PROCESSO DE PAZ

Jerusalém - Israel conquistou Jerusalém Oriental e a Cisjordânia na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Tradicionalmente afirma que Jerusalém é sua capital eterna e indivisível. Os palestinos reivindicam a parte oriental da cidade como capital de seu futuro Estado

Os assentamentos - Mais de 170 mil judeus vivem em assentamentos nos territórios ocupados por Israel na Cisjordânia e na faixa de Gaza. Os palestinos afirmam que os assentados devem deixar os territórios

Água - Israel reivindica controle total dos recursos hídricos, incluindo os lençóis subterrâneos na Cisjordânia, cuja administração é reivindicada pelos palestinos

Refugiados palestinos - Há mais de 3,5 milhões de refugiados palestinos em países da região. Israel rechaça a idéia de permitir a volta de todos eles a seu território. Discute-se a autorização do retorno de pequena parte deles, em casos de reunificação familiar, e o pagamento de indenização aos outros refugiados

Fronteiras e segurança - A Autoridade Nacional Palestina quer uma Palestina independente, com poderes soberanos na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental e faixa de Gaza. Diz que as fronteiras em relação a Israel devem voltar ao que eram antes de junho de 67. Israel diz que não voltará às fronteiras de 67.

GUERRA DE SUEZ

Em outubro de 1956, Israel - apoiado pela França e Inglaterra -, declarou guerra ao Egito por causa da nacionalização do canal de Suez e do fechamento do porto de Eilat, no golfo de Ácaba, pelo então presidente egípcio Nasser.

O fechamento de Eilat e a nacionalização do canal ameaçavam os projetos judeus de irrigação do deserto de Neguev e cortavam o seu único contato com o Mar Vermelho.

Na ofensiva, Israel conquistou a península do Sinai e controlou o Golfo de Ácaba, reabrindo o porto de Eilat. No entanto, pressões da União Soviética e dos Estados Unidos fizeram Israel recuar às fronteiras de 1949, sob a supervisão das tropas da ONU.

Na década de 50, a resistência palestina se organizou, tendo como mola propulsora a classe média exilada, que tinha maior acesso à participação política. Daí nasceu a mais importante organização de resistência, a Organização para a Libertação da Palestina, a OLP, fundada em 1964.

Nesta época também surgiu um importante grupo político-militar palestino, chamado Al Fatah.

Fatah é uma palavra composta pelas iniciais invertidas, em árabe, de Movimento para a Libertação Nacional da Palestina. Na ordem correta, as iniciais formam a palavra hataf, que quer dizer morte.

Este grupo começou a tomar corpo entre 1956 e 1959 e projetou o nome de Yasser Arafat. O Fatah caracteriza-se como um movimento de caráter anti-sionista e antiimperialista, com o objetivo de criar um Estado laico em território palestino.

GUERRA DOS SEIS DIAS

A área em vermelho mostra o território ocupado por Israel em 1967.

Esta guerra envolveu Israel contra o Egito, a Jordânia e a Síria. A partir de 1959, com a criação do Al Fatah, cresceram os ataques terroristas palestinos às instalações judaicas. Cada ataque era respondido com uma retaliação israelense, muitas vezes maior que a investida sofrida e nem sempre dirigida especificamente contra os atacantes.

A tensão na região atingiu níveis críticos em 1966, quando a Síria passou a dar apoio aos guerrilheiros palestinos. Em abril de 1967, a Força Aérea israelense atacou a Jordânia e, no mês seguinte, o Egito colocou suas Forças Armadas em alerta.

O presidente Nasser ordenou a retirada das tropas da ONU do Egito e as substituiu por divisões egípcias, ocupando o golfo de Ácaba e bloqueando o porto israelense de Eilat, que recebia suprimentos petrolíferos do Irã.

No final de maio, Jordânia e Síria firmaram o Acordo de Defesa Mútua com o Egito. Em julho, Israel atacou sem declaração de guerra, dizimando a Força Aérea egípcia em terra. O exército egípcio foi derrotado, juntamente com o da Jordânia e o da Síria. Como resultado, Israel conquistou a península do Sinai (devolvida ao Egito em 1982), a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as colinas de Golã, aumentando sua área para 89.489 km2. O cessar-fogo, decretado pela ONU, foi atendido pelos árabes, mas Israel não retirou suas tropas dos territórios ocupados.

SETEMBRO NEGRO

A Jordânia, comandada pelo rei Hussein, tinha um grande número de palestinos em seu território e via, a cada dia, o crescimento de um Estado palestino dentro do Estado jordaniano. O rei, em função disso, tentava minar a influência dos palestinos na região.

Os palestinos, por sua vez, acreditavam que Hussein era ligado ao Ocidente e buscavam reduzir a sua influência sobre a população da Jordânia.

Assim, em setembro de 1970, as forças militares de Hussein começaram a eliminar a presença armada da guerrilha palestina. A partir daí aconteceram uma série de conflitos entre o exército real e os palestinos. O saldo de mortos chegou a mais de 10 mil, no episódio que ficou conhecido como Setembro Negro.

Vários governantes árabes criticaram a atitude do rei Hussein e a paz foi restabelecida com a assinatura de um acordo no Cairo. Desde então, a guerrilha passou para a clandestinidade e muitos palestinos abandonaram a Jordânia.

GUERRA DO YOM KIPPUR (DIA DO PERDÃO)

Esta guerra aconteceu em 1973 e envolveu o Egito e a Síria contra Israel. Como os judeus mantiveram as áreas ocupadas em 1967, Síria e Egito fizeram um ataque surpresa a Israel durante o feriado judeu de Yom Kippur, o dia do perdão. Os israelenses responderam violentamente à ofensiva, mas os egípcios chegaram a penetrar 15 quilômetros em território judeu.

Damasco, na Síria, foi bombardeada e as tropas egípcias no Sinai foram isoladas. O conflito armado terminou em impasse e os israelenses não alteraram o território conquistado nas guerras anteriores. Sob a interferência dos Estados Unidos, da União Soviética e da ONU, foram feitos acordos de cessar-fogo em 1973, 1974 e 1975.

Em 1973, a Questão Palestina ganhou destaque internacional após a Guerra do Yom Kippur e o petróleo começou a ser usado como arma pelos Estados árabes quando a OPEP boicotou o fornecimento aos países que apoiavam Israel. O aumento dos preços, detonado pela guerra, gerou uma crise mundial que derrubou bolsas de valores de todo o mundo e causou uma inflação em vários países.

Ao mesmo tempo, Arafat começou um trabalho diplomático, conseguindo com que a OLP fosse reconhecida como legítima representante do povo palestino e admitida na ONU como membro observador.

A INTIFADA

Como Arafat insistia em negociar uma solução para a Questão Palestina, houve uma dissidência dentro da Organização para a Libertação da Palestina e, em maio de 1983, as forças leais a Arafat começaram a enfrentar rebeldes chefiados por Abu Mussa.

Arafat, por sua vez, firmou novas alianças com o presidente do Egito, Hosni Mubarak, e com o Rei Hussein, da Jordânia, e se reelegeu presidente da OLP no ano seguinte.

Em 1985, Yasser e Hussein fizeram uma oferta de paz a Israel, em troca de sua retirada dos territórios ocupados. Os judeus, além de rejeitarem a proposta, mantiveram o exército naquelas regiões.

Em 1987 explodiu uma rebelião popular em Gaza, cujo estopim foi o atropelamento e morte de quatro palestinos por um caminhão do exército israelense. Adolescentes, munidos de paus e pedras, enfrentaram, nas ruas, os soldados israelenses e o levante se alastrou. A repressão israelense foi brutal. Os soldados combatiam os paus e pedras com bombas de gás, tanques e balas de borracha.

Os resultados da Intifada foram vários espancamentos, detenções em massa e deportações. A ação judaica foi condenada pelo Conselho de Segurança da ONU, o que influenciou a opinião pública mundial a favor da OLP.

Como resultado da Intifada, as facções da OLP se uniram na intenção de criar um Estado palestino e, em novembro de 1988, o Conselho Nacional Palestino proclamou o Estado Independente da Palestina, ao mesmo tempo em que aceitava a existência de Israel.

Além disso, o Conselho declarou sua rejeição ao terrorismo e pediu uma solução pacífica para o problema dos refugiados, aceitando, também, participar de uma conferência internacional de paz.

GUERRA DO LÍBANO

O território do Líbano viveu uma guerra civil a partir de 1958, causada pela disputa de poder entre grupos religiosos do país: os cristãos maronitas, os sunitas (muçulmanos que acreditam que o chefe de Estado deve ser eleito pelos representantes do Islã, são mais flexíveis que os xiitas), drusos, xiitas e cristãos ortodoxos. O poder, no Líbano, era estratificado. Os cargos de chefia eram ocupados pelos cristãos maronitas, o primeiro ministro era sunita e os cargos inferiores ficavam com os drusos, xiitas e ortodoxos.

No entanto, os sucessivos conflitos na Palestina fizeram com que um grande número de palestinos se refugiassem no Líbano, descontrolando o modelo de poder adotado, já que os muçulmanos passaram a constituir a maioria no Líbano. Em 1958 explodiu uma guerra civil e os Estados Unidos intervieram na região, impedindo que o Estado libanês se desintegrasse.



A pedido da ONU, os Estados Unidos acabaram retirando suas tropas do país e uma nova solução foi apontada: o governo deveria ser composto pelos líderes dos vários grupos religiosos.

Como o número de palestinos refugiados não parava de crescer no Líbano, os guerrilheiros da OLP passaram a agir de forma independente no território libanês. De outro lado, os cristãos maronitas defendiam a expulsão dos palestinos da região.

A nova forma de governo proposta pela ONU não deu certo e, em 1975, começou uma guerra entre as diversas facções religiosas, detonada pelo atentado cristão que matou dezenas de palestinos e libaneses muçulmanos.

A Síria rompeu sua aliança com a OLP e resolveu intervir no conflito ao lado dos cristãos maronitas. A presença do exército sírio no país causou protestos árabes e resultou na intervenção direta dos Estados Unidos, França e União Soviética. Estes países forçaram o Encontro de Riad, em 1976, que obrigava a Síria a se reconciliar com a OLP e retirar suas tropas do Líbano.

No ano seguinte, entretanto, o assassinato do líder druso Kamal Jumblatt desencadeou uma nova onda de violência que culminou com a incursão israelita na região, que pretendia tirar a OLP do Líbano. Durante a ocupação israelense aconteceram os massacres de Sabra e Chatila.

Como o clima no Líbano continuava tenso, os Estados Unidos enviaram suas tropas para o país para defender Israel de seus inimigos. Foi com o apoio norte-americano que o cristão maronita Amin Gemayel chegou ao poder em 1982.

Revoltados com a presença das tropas norte-americanas na região, o quartel-general da Marinha americana foi atacado em outubro de 1983 e causou a morte de 241 fuzileiros. O atentado e a pressão internacional fizeram com que os Estados Unidos retirassem suas tropas do Líbano em fevereiro de 1984. As tropas israelenses também foram retiradas do Líbano, o que enfraqueceu os cristãos.

Os drusos se aproveitaram desta situação, dominaram a região do Chuf, a leste de Beirute, e expulsaram as comunidades maronitas entre 1984 e 1985. De outro lado, o sírio Hafez Assad e seus partidários libaneses detonaram uma onda de atentados a bairros cristãos e tentavam assassinar os auxiliares do presidente Amin Gemayel, que resistiu e permaneceu no poder até 1988.

Desde então, o Líbano está tentando reconstruir sua economia e suas cidades. O país é tutelado pela Síria.

CRISES DO PETRÓLEO

Desde sua formação em 1960, o objetivo da Opep sempre foi de estabelecer uma política de controle tanto de suas produções de petróleo, como de independência de seus países frente às grandes potências. Assim, a Opep conseguiu diminuir o poder das companhias petrolíferas internacionais e estabelecer total domínio sobre a produção e comercialização de seus produtos.

É nesse contexto que acontecem as três crises do petróleo: a primeira em 1973-74, a segunda em 1979-80, e a terceira no meio da década de 80.

Primeira crise

Em 1973, logo após a guerra de Yom Kippur, veio a crise do petróleo. Como as transnacionais perderam o poder de fixar os preços, a Opep quadruplicou o preço do barril causando grande comoção no mundo todo, principalmente nos países pobres que dependiam da importação de petróleo. Bolsas de Valores quebraram em vários países, mostrando como o mundo dependia da Opep. Por isso, a política das grandes potências foi de conciliação para evitar maiores complicações. Como resultado disso, em 1977, Egito e Israel assinaram um acordo de cessar-fogo, aproximando judeus e árabes. No acordo chamado de Camp Davi, Israel se comprometia a devolver a região de Sinai ao Egito.

A crise de 73 foi a que teve mais impacto na economia mundial, quando a Opep decidiu quadruplicar o preço do barril do petróleo (de US$ 2,9 em setembro para US$ 11,65 em dezembro). Os países exportadores passaram de um superávit de US$ 40 bilhões para US$ 82,4 bilhões em 1974. Os países importadores, no entanto, tiveram um déficit de US$ 12,4 bilhões. O país que menos sofreu foi os Estados Unidos, porque tem uma grande reserva de petróleo e porque os petrodólares eram investidos no mercado americano. Esse fato não só demonstrou como a Opep tinha poder, mas também evidenciou a dependência dos países importadores que, sem outra opção, tinham que continuar a comprar petróleo.

Até o final da década de 70, os países centrais buscaram uma forma de entrar em acordo com a Opep numa tentativa de baixar os preços, mas todas tentativas foram em vão.

Segunda crise

Em 1979, conjunturas políticas externas fizeram com que o preço subisse novamente, no segundo choque do petróleo. A revolução ortodoxa no Irã, comandada pelo aiatolá Komeini, cria um sentimento anti-ocidental em grande parte do Oriente Médio e se inicia a histórica guerra entre Irã e Iraque. Como se não bastasse, a União Soviética invadiu o Afeganistão, numa época em que a Guerra Fria estava no auge. Desse modo, a região do Oriente Médio se tornou um "barril de pólvora", provocando desespero nos países importadores de petróleo. Diante dessa situação, a Opep resolveu aumentar o preço do barril de US$ 13 para US$ 34.

Para sair dessa dependência, os países importadores passaram a desenvolver formas de combustíveis alternativas como o álcool, a energia nuclear e o carvão. A exploração de jazidas de petróleo também se intensificou em muitos países.

No Brasil o projeto Proálcool e o aperfeiçoamento da Petrobrás foram as maneiras encontradas para contornar o problema.

A forma de negociar também se modificou de modo que os países árabes perderam o controle sobre o comércio do petróleo. Então o monopólio da Opep começou a sucumbir e os preços caíram, chegando a US$ 15 o barril. Essa foi a terceira crise do petróleo, em que o poder dos países árabes entraram em declínio, vindo à tona todas as contradições e conflitos dentro da própria Opep.

Terceira crise

No começo dos anos 80 interesses diferentes dividiram a Opep: os países com grande população, como Irã, Iraque e Argélia, queriam que a produção não tivesse qualquer tipo de limitação e fosse em abundância, já países pequenos pretendiam que a extração fosse restrita para poder manter os preços elevados. Foi essa contradição que colocou o Iraque em conflito com o Kuwait, que acabou culminando na Guerra do Golfo, em 1990.

Em 1986, o preço do barril de petróleo baixou, voltando à mesma cotação dos anos 60 (nessa época, o preço do barril do petróleo custava por volta de US$ 10,00). Assim, os investimentos no Oriente Médio, que já eram poucos, diminuíram ainda mais, fazendo com que as diferenças sociais se agravassem. Para se ter uma idéia, a renda per capita no Kuwait, em 1986, era de US$ 13 mil por ano, contra US$ 650 no Egito. E o êxodo rural se intensificou. Para citar um exemplo, o emirado de Dubai tem 80 mil cidadãos numa população de 600 mil pessoas.

A incursão do Oriente Médio na dominação de suas produções de petróleo, principalmente a partir de 1973, fez com que muitos analistas vissem a situação mais como uma "maldição" do que uma "dádiva de Deus", já que trouxe junto muitas guerras, concentração de renda e aumento das desigualdades sociais. Os conflitos religiosos e territoriais, que sempre marcaram a região, se intensificaram com a questão do petróleo.

CRONOLOGIA DO PROCESSO DE PAZ

1993

- 13 de setembro: Israel e a OLP (Organização pela Libertação da Palestina) chegam a um primeiro acordo sobre uma autonomia palestina transitória.

1994

- 9 de fevereiro: Assinatura, no Cairo, de um acordo sobre as questões de segurança relativas à autonomia.

- 1° de julho: Arafat volta para a Palestina depois de 27 anos e forma, em Gaza, um governo autônomo, a Autoridade Palestina.

1995

- 28 de setembro: Rabin e Arafat assinam, em Washington, um acordo interino sobre a extensão da autonomia palestina na Cisjordânia.

- 13 de novembro a 21 de dezembro: Retirada israelense de Jenin, Kalkiliya, Tulkarem, Naplusa, Ramalá e Belém.

1996

- 20 de janeiro: Yasser Arafat é eleito presidente da Autoridade Palestina.

- 5 de maio: Abertura, no Egito, das negociações sobre um acordo de paz definitivo.

- 1° e 2 de outubro: Reunião de cúpula em Washington entre o presidente americano Bill Clinton, Arafat, Benjamin Netanyahu e o rei Hussein, da Jordânia.

1997

- 15 de janeiro: Netanyahu e Arafat chegam a um acordo sobre a aplicação da autonomia palestina em Hebron e a retirada do exército israelense da área.

- 30 novembro: Israel aceita começar a retirar parte de suas tropas da Cisjordânia.

1998

- 15 a 23 de outubro: Em oito dias, as negociações entre Israel e palestinos resultam no acordo de Wye Plantation, que define uma segunda retirada militar israelense da Cisjordânia e a libertação de 750 prisioneiros palestinos.

- 20 de novembro: Israel transfere aos palestinos a autoridade civil sobre 21% da Cisjordânia.

1999

- 25 de agosto: Israelenses e palestinos concluem um acordo de princípios sobre o calendário da retirada militar israelense da Cisjordânia.

- 5 de setembro: Ehud Barak e Yasser Arafat assinam uma versão renegociada dos acordos de Wye Plantation.

- 10 de setembro: Israel efetua uma retirada da Cisjordânia.

- 8 de novembro: Começo de negociações israelense-palestinas sobre o estatuto final da Cisjordânia, "lançadas" oficialmente em 13 de setembro.

- 20 de dezembro: Negociadores israelenses e palestinos retomam discussões sobre o estatuto final de Cisjordânia e Gaza.

2000

- 3 de fevereiro: Israelenses e palestinos se separam depois do fracasso da cúpula destinada a relançar as negociações de paz. A direção da OLP anuncia que um Estado Palestino independente, com capital em Jerusalém, será proclamado em setembro.

- 11 de março: O negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, se reúne com seu colega israelense Oded Eran, na retomada das negociações entre as duas partes, em Washington.

- 21 de março: Israel transfere aos palestinos o controle total de 6,1% da Cisjordânia. Os palestinos controlam agora cerca de 40% da região.

- 25 de junho: O presidente palestino, Yasser Arafat, declara que um estado palestino será proclamado 'em algumas semanas'.

- 28 de junho: Arafat recusa uma proposta americana de organizar uma cúpula trilateral nos Estados Unidos a partir de 15 de julho.

- 3 de julho: O Conselho Central da OLP (CCOLP), reunido em Gaza, decide que os palestinos proclamarão um Estado Independente em 13 de setembro de 2000.

- 12 de julho: Começa a Cúpula da Paz em Camp David, reunião entre o líder israelense Ehud Barak, o presidente da OLP, Yasser Arafat, e o presidente norte-americano, Bill Clinton.

- A organização Fatah decreta estado de alerta entre seus seguidores para um possível enfrentamento com israelenses caso fracassem as negociações em Campi David.

- 24 de julho: Os líderes de Israel e da Palestina continuam em Camp David, mas as negociações não progridem. Palestinos e judeus não chegam a qualquer acordo sobre questões como Jerusalém, economia, refugiados, segurança, assentamentos judeus ou água.

- Extremistas judeus, pertencentes ao extinto movimento Kach, ameaçam matar Ehud Barak e Yasser Arafat.

- 25 de julho: O presidente Bill Clinton admite o fracasso da reunião entre israelenses e palestinos em Camp David.

- Centenas de palestinos marcham pelas ruas de Gaza gritando ordens de rebelião contra Israel por causa do fracasso em Camp David.

- Os palestinos reiteram sua intenção de criar um estado independente em 13 de setembro.

- 26 de julho: Milhares de refugiados palestinos vão às ruas no Líbano, revoltados com o fracasso nas negociações de Camp David em conseguir o regresso dos palestinos.

- 02 de agosto: O ministro das Relações Exteriores de Israel, David Levy, renuncia a seu cargo depois de acusar o primeiro-ministro, Ehud Barak, de fazer muitas concessões aos palestinos nas conversações de paz.

- 07 de agosto: Soldados israelenses ferem a tiros dois jornalistas e um garoto que estavam em meio a uma multidão de pessoas que jogava pedras contra postos de observação na fronteira entre Líbano e Israel.

- 08 de agosto: A Anistia Internacional exige que Israel liberte 19 libaneses detidos há mais de uma década, dizendo que o encarceramento deles viola lei internacional.

- 11 de agosto: O presidente russo, Vladimir Putin declara que a Rússia continua apoiando o direito legítimo do povo palestino de possuir seu próprio Estado. A declaração foi feita durante a visita do presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, a Moscou.

PETRÓLEO, UMA ARMA DO ORIENTE MÉDIO

Descoberto no início do século XX (a primeira exploração data de 1909 no Irã), o petróleo se tornou um dos mais importantes elementos da economia mundial. Além de usado como combustível, vários outros derivados colocam o petróleo como base da economia de muitos países, sendo alvo de cobiça e sinal de riqueza para quem detém as jazidas.

O Oriente Médio, logo após a Primeira Guerra Mundial, já era o maior produtor petrolífero do mundo e, por isso, despertava o interesse das grandes potências. Assim, houve uma partilha dos países do Oriente Médio entre França e Inglaterra, que passaram a dominar as empresas de exploração de petróleo. Para citar um exemplo, em 1926, a Irak Petroleum Company foi repartida entre Inglaterra, que detinha 52,5% das ações; França, com 21,25% e EUA, com 21,25%; restando ao Iraque somente 5%. Cerca de 90% da produção mundial passou ao controle de apenas sete empresas, conhecidas como as "Sete Irmãs", das quais cinco eram norte-americanas.

Como conseqüência desse imperialismo, houve um grande êxodo rural na região, principalmente do Egito para os países do Golfo, provocando desequilíbrios populacionais e econômicos. Vale lembrar que, apesar de estar se construindo grandes riquezas, apenas uma pequena classe de privilegiados tinha acesso ao dinheiro e a maioria dos petrodólares eram investidos nos grandes centros dos países ricos, restando 7% de investimentos aos países árabes.

Com a qualidade de vida da população baixando, um forte sentimento de independência surgiu nos países árabes. Os produtores de petróleo passaram a pressionar as "Sete Irmãs" estabelecendo uma divisão de lucro de meio a meio e, em 1960, criam a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para organizar e fortalecer essa política de independência. Os países membros são: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irã, Catar, Kuwait, Iraque, Líbia, Gabão, Indonésia, Nigéria, Equador, Venezuela e Argélia. Em 1968, cria-se a Opaep (Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo), com o objetivo de defender os interesses referentes à nacionalização das companhias estrangeiras.